A gordura trans é uma gordura mono insaturada que encontramos naturalmente em níveis baixos no leite e na carne, mas 80 por cento das gorduras trans que os americanos consomem são de óleo vegetal parcialmente hidrogenado.
A gordura trans é um veneno para a saúde !
Até 1990, a gordura trans era considerada tão inócua quanto outras gorduras mono insaturadas (tais como aquelas do óleo de oliva.) Mas os estudos demonstraram que a gordura trans, assim como a gordura saturada, aumenta o colesterol mau (LDL) em nosso sangue. Isso forneceu a evidência que gorduras trans aumentam o risco de doenças de coração como o enfarte, o derrame e a pressão alta.
Outros estudos mostraram que, ao contrário da gordura saturada, a gordura trans diminui também o colesterol "bom" (HDL) no sangue. Isso pode levar a um aumento do risco de doenças de coração. Por essa razão, a gordura trans é mais prejudicial do que a gordura saturada. Em julho de 2002, a Academia Nacional de Medicina (dos EUA) concluiu que o único nível seguro de gordura trans na dieta é zero.
Além disso, quatro estudos (como o Nurses Health Study) mostraram que, a gordura trans é uma causa maior de doença de coração do que a mesma quantidade de gordura saturada (gordura de origem animal como a manteiga, carne etc...).
Em 1994, o Centro para a Ciência no interesse do público peticionou o FDA (Food and Drug Administration) para que a gordura trans fosse listada em etiquetas nos alimentos. Em 1999 o FDA propôs um regulamento para etiquetar os alimentos que contem gorduras trans e em 2003 foi finalizado, com etiquetas obrigatórias para listar as gorduras trans a partir de Janeiro de 2006. O FDA estimou que só listando a gordura trans nas etiquetas milhares de vidas seriam salvas cada ano, porque os fabricantes de margarina reduziriam ou eliminariam a gordura trans. Se a gordura trans for removida de todos os alimentos processados, milhares de vidas serão salvas cada ano. A economia em vidas e dinheiro será bem maior do que os custos modestos para modificar os óleos.
O regulamento para etiquetar os alimentos que contem gordura trans estimulou muitos processadores de alimentos em considerar a substituição do óleo vegetal parcialmente hidrogenado por ingredientes que não contenham gorduras trans. Outros processadores de alimentos e restaurantes estão se afastando das gorduras trans.
Por causa de seus efeitos prejudiciais, óleos parcialmente hidrogenados que contêm gordura trans não devem ser usados como ingredientes em alimentos. A Dinamarca colocou limites de 2 por cento para as gorduras trans nos alimentos, e isto significa a proibição de óleos parcialmente hidrogenados.
Dinamarca Ajusta Limites Para Ácidos graxos Trans
COPENHAGEN, Dinamarca -- para melhorar a saúde, a Dinamarca porá um teto na quantidade de ácidos graxos trans que pode ser usado em alimentos processados.
Os ácidos graxos trans "são um problema em mundo ocidental," Steen Stender, um cardiologista, declarou: "A Dinamarca está fazendo um pequeno passo na frente e estou certo que será logo seguida por outros."
Os ácidos graxos trans são encontrados em fast foods, bolinhos, biscoitos, pipoca de forno de microondas e barras de chocolate. Aumentam o nível de colesterol mau no corpo e reduzem os níveis de colesterol bom, e estão ligados a riscos elevados de doenças de coração.
Nesta Segunda-feira, o Ministro Dinamarquês para Alimentação Mariann Fischer Boel apresentou os novos regulamentos que visam reduzir a quantidade de ácidos graxos trans.
De acordo com os novos regulamentos, são permitidos só 2 por cento de ácidos graxos trans por 100 gramas da gordura usadas em alimentos processados. O limite atual era de até 10 por cento de ácidos graxos trans por 100 gramas de gordura.
Os dinamarqueses, como a maioria dos ocidentais, consomem quase 100 gramas da gordura diariamente.
O consumo médio de ácidos graxos trans na Dinamarca caiu de 9 por cento no 1970 a 2 por cento no 1990. Atualmente, a média diária de consumo é estimada em aproximadamente 1-2 por cento.
Entretanto, mais de 500.000 dinamarqueses, ou quase 10 por cento dos 5.3 milhões de residentes na Dinamarca, comem alimentos cada dia com mais de 3 por cento de ácidos graxos trans.
"Nós colocamos a saúde pública acima dos interesses da indústria" disse Fischer Boel, que quer que a união européia siga o exemplo dinamarquês.
A atitude dinamarquesa é "que se for perigoso não deve ser posto no alimento" disse Stender, presidente do Grupo dos ácidos graxos trans no Conselho Nacional de Nutrição.
Ele disse que quatros produtores de margarina na Dinamarca trabalharam para reduzir o conteúdo de ácidos graxos trans na margarina produzida no país escandinavo.
"Em outras partes no mundo, e principalmente nos Estados Unidos, o problema é o forte poder da indústria".
As gorduras trans são moléculas de ácidos graxos modificadas quimicamente para criar gorduras semi-artificiais, tais como os óleos vegetais parcialmente hidrogenados que encontramos em muitas lojas de alimentos.
Fica nosso pedido para que vocês parem de consumir margarina e a substituam por quantidades moderadas de manteiga e queijo, e substituam o óleo por azeite de oliva extra virgem.
Leia os rótulos dos alimentos e elimine a gordura hidrogenada e o açúcar refinado (contido nas sobremesas e refrigerantes) da sua alimentação.
Cuidado com os alimentos de padaria e confeitarias!
Fonte: Intelihealth Transfreeamerica
Não existem comentários cadastrados no momento