Os cientistas já sabiam que, em geral, as mulheres de todas as idades tendem a preocupar-se com mais freqüência e intensidade do que os homens. As mulheres também tendem a perceber melhor situações de risco e a tornarem-se mais ansiosas.
As mulheres têm mais chances do que o homem de acreditar de experiências passadas predizem corretamente o futuro, de acordo com dois novos estudos.
A pesquisa, que envolveu crianças entre 3 e 6 anos e adultos de ambos sexos, examinou extensivamente quais participantes achavam que as preocupações podem ser causadas pelo pensamento de que um evento ruim anterior poderia ocorrer novamente no futuro. (Esta habilidade, em sua forma mais simples, é importantíssima para a convivência social e é importante na tomada de decisões e definição de riscos.)
No primeiro estudo os participantes ouviram seis histórias que envolviam personagens que haviam sido prejudicados por outra pessoa ou animal. Muitos dias depois o personagem ficou preocupado ou mudou seu comportamento quando se confrontou com o mesmo sujeito que o havia prejudicado anteriormente. (Por exemplo: Se um menino tomou o brinquedo de outro, a criança poderia ficar preocupada quando visse aquele menino novamente e esconderia o brinquedo novo com o qual estaria brincando.)
O Segundo estudo foi similar com exceção de que a pessoa ou animal com o qual o personagem se encontrou novamente apenas se parecia com aquele que o havia prejudicado anteriormente.
Ao final de cada história era solicitado aos participantes que explicassem porque o personagem estava preocupado ou porque mudou seu comportamento.
As mulheres e as meninas tinham maior probabilidade de usar a incerteza para explicar a reação do personagem, isto é, elas tendiam a explicar a reação em termos de eventos que poderiam ocorrer versus aqueles que haviam ocorrido, disseram os pesquisadores. Elas também tendiam, mais do que os homens, a prever que os personagens que encontravam um novo personagem, que se parecia com aquele que havia prejudicado o primeiro, ficariam preocupados, porque eles pensariam que este novo personagem iria prejudicá-los.
Os estudos, que estão detalhados na edição de setembro/outubro da revista Child Development, também descobriram que as crianças fazem estas conexões entre passado e futuro com mais freqüência à medida que envelheciam; conhecimento que se soma sobre o desenvolvimento cognitivo.
“Estes resultados são significativos porque eles revelam que o conhecimento sobre o impacto passado-para-futuro dos pensamentos às emoções e comportamentos começa a se desenvolver desde os anos pré-escolares”, disse a autora do estudo Kristin Lagattuta da Universidade da California, Davis.
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