Estresse x Envelhecimento da Pele

Sabemos que o estresse sempre pode gerar transtornos no organismo e a pele, nosso maior órgão, passa a ser o que provavelmente mais sofra esta ação deletéria, gerada pelos radicais livres que podem provocar a morte antecipada das células. 

O estresse também age como o fator de envelhecimento precoce do corpo e a pele passa a ser o primeiro representante desta situação, que ao lado do consumo de cigarro e da grande exposição aos raios ultravioleta, são os grandes vilões do envelhecimento precoce da pele.

Entre vários trabalhos importantes relacionados ao tema, comentamos o da equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia (EUA) e publicado nos Anais da Academia Nacional de Ciências (NAS) em 2004, o qual comprova que o estresse psicológico afeta o encurtamento dos telômeros, que são compostos proteicos encontrados nos cromossomos e funcionaria como um possível relógio celular e seria um dos fatores responsáveis pela senescência (1) e a atividade da telomerase, que é a enzima responsável pelo manutenção do tamanho do telômero (2)(3), contribuindo para a aceleração do envelhecimento.

Em contrapartida, alguns especialistas defendem que o envelhecimento não é promovido apenas por fatores extrínsecos (ambientais), como a exposição à radiação ultravioleta, mas também é um processo natural promovido por mecanismos biológicos, genéticos e cronológicos. Nesse caso, o estresse se torna prejudicial, refletindo em um conjunto de reações e respostas do organismo, que leva ao envelhecimento cutâneo precoce.

Os descuidos que provocam a baixa imunidade e por conseguinte o aumento dos radicais livres, como noites mal dormidas, má alimentação, tabagismo, faz com que o organismo se torne mais suscetível a doenças e também ao envelhecimento, porque nas situações de estresse o organismo desprende mais energia, o que também contribuem para o surgimento de rugas e falta de tônus na pele.

A prevenção é evitar situações muito estressantes, mas como nem sempre isso é possível, deve-se buscar alternativas para melhorar a qualidade de vida, o que incluiria sono tranqüilo o suficiente para descansar bem, alimentação balanceada que contenha vitaminas (licopeno), sais minerais (magnésio, cobre, etc), proteínas e fibras necessárias ao organismo e apoio de suplementos que ajudem a prevenir os radicais livres. Além da dieta específica, a realização de atividades terapêuticas prazerosas como massagens, drenagens, limpeza e proteção da pele, com exercícios para aliviar a tensão, que ajudam e promovem o bem estar físico e mental.

Bibliografia:
(1) De Lange, T. Telomeres and Senescence: Ending the Debate. Science 1998, 279:334-335.
(2) Kass-Eisler, A.; Greider, C. W. Recombination in telomere-length maintenance. TIBS 2000, 25:200-204.
(3) O’Reilly, M.; Teichmann, S. A.; Rhodes, D. Telomerases. Current Opinion in Structural Biology 1999, 9:56-65.

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