Pessoas que fumam muito e reduzem a quantidade de cigarros consumidos por dia não fazem o suficiente para se protegerem da exposição aos componentes tóxicos e maléficos do tabaco. E mais: continuam sendo mais passíveis ao desenvolvimento de doenças do quem manteve o hábito de fumar pouco desde que começou a fumar.

A conclusão é de uma pesquisa publicada pelo jornal médico "Cancer Epidemology Biomakers & Prevention". Segundo os pesquisadores envolvidos neste estudo, ao reduzir a quantidade diária de cigarros, esses fumantes geralmente passam a tragar mais profundamente e a dar intervalos menores entre uma tragada e outra.

O comportamento, que foi batizado de "fumo compensatório", ocorre na tentativa de conseguir dos poucos cigarros diários a mesma quantidade de nicotina que o corpo está habituado a obter fumando muito, se iludem e acabam apresentando mais riscos.

"É importante que os fumantes saibam que reduzir cigarros não necessariamente significa reduzir riscos à saúde", afirma Dorothy Hatsukami, professora de psiquiatria da Universidade de Minnesota, nos EUA, e uma das responsáveis pelas inevstigações.