Encarar exercício como obrigação torna as mulheres menos ativas

O alerta vem de uma nova pesquisa que investigou o que motiva a mulherada a fazer atividade física

Por Redação Boa Forma

Você se exercita porque o médico mandou ou porque quer entrar no biquíni novo na próxima viagem? Aí vai mais uma pergunta: ao invés praticar uma modalidade do seu gosto, você faz uma que promete queimar mais calorias? Se sua resposta para esses questionamentos foi “sim”, talvez seja a hora de rever por que você está pagando a mensalidade da academia ou separando horas valiosas do seu dia para correr na rua.

É o que propõe um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, recém-publicado na revista científica BMC Public Health. Na pesquisa, cientistas analisaram o que faz as mulheres se sentirem felizes e bem-sucedidas e de que forma a maneira como elas veem os exercícios interferem nisso. “Um novo entendimento do que realmente as motiva pode fazer uma grande diferença na habilidade delas de incorporar a atividade física na rotina – e se divertirem fazendo isso”, comenta Michelle Segar, a líder da investigação.

Para realizar o trabalho, foram recrutadas 40 voluntárias com idades entre 22 e 49 anos. Dessas, 29 eram sedentárias (faziam menos de 2 horas de exercício por semana) e 11 eram ativas (se mexiam por mais do que 120 minutos semanais).

Em relação ao que as deixa realizadas, os achados mostraram que, em ambos as turmas, isso acontece quando elas se conectam com outras pessoas ou as ajudam a serem assim também; quando estão relaxadas e livres de pressão; e quando atingem objetivos, no trabalho ou nas tarefas domésticas.

Outra constatação curiosa dos pesquisadores foi que, para as participantes sedentárias, um exercício “válido” é aquele intenso. Elas também revelaram que se sentem pressionadas a se movimentar para ganhar saúde ou perder peso. “O que elas acreditam que o exercício deveria ser e as experiências negativas que tiveram com a atividade física impede-as de adotar e manter uma vida ativa”, analisa Michelle.

Segundo a estudiosa, um dos fatores por trás dessa visão é a ideia (propagada há muitos anos) de que é necessário se exercitar de forma vigorosa por, no mínimo, 30 minutos para conquistar um corpo mais magro e saudável. “Existem novas recomendações que permitem intensidade e períodos menores, mas muitas pessoas não sabem ou nem acreditam nisso”, observa.

Já as participantes que se exercitam com frequência demonstraram uma visão mais amigável e flexível dos exercícios. “Nós precisamos reeducar as mulheres, para que elas se mexam e sintam renovação em vez de exaustão. Para motivá-las, temos que fazer com que elas queiram se exercitar, e não encarem como uma obrigação”, indica Michelle Segar.

Entre as propostas da pesquisadora para atingir essa meta estão:

· Mostrar que se mexer pode e dever ser algo bom de se fazer;
· Promover a atividade física como uma forma de se conectar com outras pessoas;
· Tornar os exercícios uma maneira de as mulheres se sentirem renovadas e motivadas a alcançar seus objetivos;
· Esclarecer que atividade física inclui todos os movimentos.

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