O Papilomavirus humano ou HPV é a infecção viral com maior incidência de transmissão por contato sexual, atingindo homens e mulheres.
As lesões se apresentam na forma de verrugas na região ano-genital (vulva, vagina, colo uterino, região peri-anal, reto e pênis), que se não tratadas, principalmente no colo uterino têm grande potencial de evolução para câncer. Se ocorrer nas gestantes há possibilidade de transmitir o vírus para o bebê no momento do parto. Não devemos esquecer que só no Brasil há anualmente 25.000 casos de câncer no colo do útero!
Portanto, a melhor arma contra o HPV é a prevenção e o diagnóstico precoce. No estagio inicial trata-se com sucesso 90% dos casos.
Os exames solicitados pelo ginecologista são: Papanicolaou (que é a citologia oncotica preventiva) que apesar de não detectar o vírus, mostra alterações celulares que podem sugerir a presença dele; Colposcopia, que permite ao médico identificar lesões suspeitas na vagina e no colo uterino e para o homem temos a Peniscopia, que a semelhança da Colposcopia avalia as lesões que possam ocorrer no pênis. Ainda pode ser feita a Biopsia, que é a retirada de um pedaço do tecido para análise. Temos, também, a Captura Híbrida que é um exame mais moderno que diagnostica com clareza se a infecção existe ou não, identificando o grupo viral ao qual pertence e a sua quantidade (carga viral).
Devemos lembrar ainda que, em mais de 80% dos casos não há presença de sintomas e que o uso do preservativo é um fator a mais na segurança.
Os tipos mais frequentes de HPV são os 6, 11, 16 e 18, sendo que os 6 e 11 são os responsáveis por 90% das verrugas genitais e os tipos 16 e 18 por 70% dos casos de câncer de colo uterino.
Recentemente uma vacina para o HPV foi aprovada nos Estados Unidos e também no Brasil pela Vigilância Sanitária. Esta vacina protege contra os tipos mais prevalentes em nosso meio que são os 6, 11, 16 e 18 e se mostrou quase 100% eficiente.
Ela é administrada por via intra-muscular em 3 doses (a 1ª na data escolhida, a 2ª dois meses após e a 3ª seis meses a partir da primeira). Recomenda-se inicialmente para as meninas antes que iniciem a atividade sexual ou que não tiveram a infecção comprovada com o vírus HPV e a partir dos 9 aos 26 anos de idade.
É importante destacar que a vacina não é curativa, mas sim preventiva e caso já tenham se infectado pelo HPV deve-se procurar o seu ginecologista.
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